Em março de 2008 foi lançado o quinto disco solo de André Valadão, denominado Sobrenatural. Depois de três discos gravados ao vivo e uma coletânea de hinos antigos, o cantor volta ao cenário gospel com um repertório de 10 músicas que foram gravadas em um estúdio em Belo Horizonte durante o mês de dezembro de 2007. Seu primeiro cd, apesar de ter sido muito bom, lembrava uma gravação do Diante do Trono sendo ministrado por um vocal masculino. No segundo trabalho, alcançou uma musicalidade mais singular, explorando o pop-rock. Deu continuidade nesse estilo no álbum “Alegria”, mas não trouxe muitas novidades nas regravações de “Clássicos”. Sobrenatural possui hinos que lembram a sonoridade do seu terceiro trabalho. O encarte, que é bem estilizado e traz todas as letras, não possui as cifras. O layout mantém a diagramação visual jovem e moderna que tem sido explorada pelo Ministério desde o seu segundo disco, “Milagres”. Amo o Senhor inicia o repertório. A canção, em estilo balada-pop, possui uma levada bacana com momentos de pop-rock. A letra versa sobre gratidão, traz um refrão de fácil assimilação e riffs interessantes de guitarra. A seguir temos Pela fé. O hino trata sobre esperança e vem com um arranjo que flerta com a pegada do rock britânico. Mais uma vez destaque para os timbres de guitarra. Não posso te ver é um dos louvores que lembra a pegada das músicas do álbum “Alegria”. A canção exalta a confiança na provisão e proteção de Deus. A levada cadenciada conta com uma dinâmica muito boa. Um arranjo denso conduz Meu socorro. Licks de guitarra e de teclado, com frases bem cativantes, se alternam durante a execução da música. É outra faixa de exaltação de Deus com uma pegada bem congregacional. A faixa título vem com uma levada empolgante e envolvente. Sobrenatural é um clamor de contrição e entrega com uma roupagem moderna. Muito boa mesmo. Em Lugar de oração, de autoria de Cassiane Valadão, ouvimos um belo dueto entre André e sua irmã Ana Paula. O hino, que possui uma bela interpretação, conta o auxílio de um violão folk, com uma levada batida e cadenciada. Traz ainda com diversos efeitos percussivos preenchendo os espaços do arranjo. A seguir entoamos uma oração de exaltação ao amor de Deus. Tu És mantém o ritmo contemplativo do repertório. Traz bons momentos da banda, executando diferentes nuances de dinâmica. Sou Teu filho é bem eclética. Nas estrofes lembra muito a pegada progressiva que foi muito explorada pelo “The Police” na década de 80. No refrão a banda flerta, de forma light, com o hard rock. Uma dos melhores momentos do repertório encontra-se em Eu vou. As guitarras e o teclado que já vinham se destacando nas faixas anteriores, recebem o reforço de um contagiante naipe de metais. O arranjo, recheado de convenções, e muito bem bolado. A letra é constituída por uma série de clichês evangélicos. Mantendo a sonoridade dinâmica do louvor anterior, fechamos o repertorio com a balada soul Cântico novo. Sinceramente? Musicalmente falando, esta é uma das melhores músicas que ele já gravou. Pena que a parte lírica poderia ter sido melhor explorada. Com certeza este é um ritmo que André poderia explorar mais. O naipe de metais é um caso a parte. Nota 10!
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1 comentários:
Eu ameii essas músicas..e o novo cd é uma bença uhuuu
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